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" Eram nove e meia da noite, a lua cheia brilhava no exterior e estávamos ambos (dois dos fundadores) à espera que as nossas namoradas acabassem de se preparar (sabem como são as mulheres antes de um jantar fora…) para um jantar romântico entre dois casais amigos num dos restaurantes mais badalados de Lisboa (não é que tivéssemos muito dinheiro para gastar mas a ideia de usá-lo com as nossas namoradas valia por completo cada cêntimo gasto).

 

Sendo nós empenhados alunos do Mestrado de Gestão da Universidade Católica passámos os 20 a 30 minutos de “estamos quase prontas” das nossas namoradas, a conversar sobre formas e negócios para ser bem-sucedido no futuro. Naquela noite em específico, estávamos a discutir ideias que queríamos apresentar dois dias depois na disciplina de Empreendedorismo do nosso mestrado. Infelizmente, naquela altura os níveis de criatividade não estavam no seu melhor (claramente precisávamos de uma cerveja para estimular o fluxo criativo).

 

Meia hora depois da hora marcada, chegámos ao restaurante. Fomos recebidos e direcionados à mesa que nos esperava, ao lado de uma janela magistral com uma vista única sobre a cidade das sete colinas, Lisboa. Sentámo-nos e o empregado prontamente apresentou-nos a ementa. A escolha dos pratos foi rápida e simples, tudo parecia delicioso. No entanto, quando chegou a altura de escolher as bebidas tudo ficou mais complicado. Ficámos os dois a olhar para a lista dos vinhos à espera que pelo menos um nome soasse familiar mas não tivemos tal sorte. Assim, como qualquer jovem de 21 anos, grande apreciador de cerveja, olhámos para o empregado e dissemos “hmm, sim... vamos querer duas cervejas por favor”. Imediatamente, observámos o olhar de dececionadas das nossas namoradas, desapontadas com a nossa incapacidade de escolher algo mais requintado do que a cerveja do costume.

Rapidamente as nossas namoradas começaram a conversar entre elas, sobre assuntos que nós não tínhamos grande opinião, como saúde e medicina (no entanto até temos conhecimento na matéria… inclusivamente lê-mos recentemente um artigo sobre os múltiplos benefícios do consumo de cerveja!).

O desprezo que nos prestaram ainda devido ao “incidente da cerveja”, levou nos também a iniciar uma conversa sobre tópicos que não eram do interesse delas. E assim, com a ajuda das cervejas do costume, as ideias de negócio começaram a fluir. De repente fez-se o click! A solução para todos os nossos problemas, estava mesmo à nossa frente, na própria situação embaraçosa que nem há 10 minutos tinha ocorrido.

 

Dada a situação, ponderámos:

“Que tal bebermos uma cerveja importada diferente?”

“Hmm… Espera ai… Existe alguma cerveja premium portuguesa?”

“Não, não há!” (Pensávamos nós)

“Então… Vamos fazer a nossa própria cerveja e criar um produto inovador que resolva o problema que tivemos hoje!”

 

E assim foi, por volta da meia-noite, a ideia inicial foi celebrada com champagne (na verdade também não percebemos muito de Champanhe à semelhança do vinho mas a ocasião chamava por algo mais do que a cerveja do costume e assim também agradámos às nossas namoradas).

 

Começámos nessa mesma noite a trabalhar para o nosso sonho de nos tornarmos empreendedores de sucesso e, naturalmente, beber umas cervejas únicas.

 

Atualmente, depois de horas e horas investidas a fazer estudos de mercado de cerveja (que sinceramente foi a parte mais divertida, simplesmente beber cerveja pela causa mais nobre – um projeto de negócio), reuniões com parceiros estratégicos, escolha de posicionamento da marca e muito mais, encontramo-nos na fase em que já produzimos a nossa receita, uma receita única. Lançamos assim, o derradeiro teste à nossa ideia tornada real e ao mesmo tempo procuramos espalhar felicidade, tendo como missão fazer parte de todos os momentos únicos e memoráveis de todos aqueles que provem ou queiram provar a cerveja NAU. "

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